domingo, 31 de janeiro de 2010

Futebol News incorpora o Grupo Scramble




O Portal Scramble que completa 7 meses de seu lançamento oficial no proximo dia 01/02/2010 e não para de crescer. Firme no objetivo de ser o maior grupo de entretenimento e diversão do Brasil, adquiriu no ultimo mês o site www.futebolnews.com que cobre tudo sobre futebol no Brasil e no Mundo.

Vale ressaltar que o Futebol News está a 10 anos no ar e figura entre os principais sites de esportes do Brasil ranqueando entre os grandes na primeira página dos principais sites de busca e no google tem uma ótima colocação com a palavra chave "Futebol".

Para 2010 está prevista uma nova roupagem para o Futebol News, mais moderno, interativo e com colunistas em nivel Brasil que irão deixa-lo sempre atualizado e imparcial.

Portanto, coloque em seus favoritos e divulgue para seus amigos, Futebol News, Tudo sobre Futebol.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Quando temos um sonho... Vamos em busca dele!

Amigos que me acompanham.... Todos sabem da minha dura luta com o projeto do Portal Scramble, agora, finalmente estamos colhendo nossos frutos.


Agradeço mais uma vez a minha equipe e a todas pessoas que passaram por minha vida nessa longa jornada, em especial, aqueles que nunca acreditaram ou ficaram pelo caminho... Vocês não tem idéia da força que me deram.


Acompanhem a matéria que fala da Solenidade de Assinatura do contrato PRIME- Primeira empresa Inovadora 

Na íntegra:

Empresas Prime assinam contrato com Incubadora da Coppe






As 38 empresas inovadoras aprovadas pela Incubadora da Coppe no Programa Prime (edital 1/2009 - Finep) assinaram dia 26 de novembro contrato para repasse do recurso no valor de R$ 120 mil. No total, são mais de 4,5 milhões, recurso não-reembolsável e proveniente de subvenção econômica da Lei de Inovação. A Incubadora da Coppe é umas das 17 incubadoras-âncora parceiras do Programa Prime e responsável pela seleção dos empreendimentos e repasse direto dos recursos. Das empresas aprovadas, 14 são oriundas da Coppe.
As empresas aprovadas, todas com até dois anos de existência, apresentaram projetos inovadores em diferentes áreas de negócio como meio ambiente, tecnologia da informação, design, moda, petróleo, energia, gestão, entre outros. A primeira parcela do recurso, destinado para gastos com investimentos em gestão de negócio e para contratação de consultorias de mercado em áreas consideradas relevantes para a empresa como recursos humanos, formulação estratégica e inovação, será liberada ainda este ano.
Para os novos empreendedores a ajuda veio em um bom momento e promete contribuir na estruturação do negócio. A Virtualy, uma das aprovadas no Prime, e residente na Incubadora de Empresas da Coppe, por exemplo, vai investir na contratação de pessoal para gestão dos negócios da empresa, que atua no desenvolvimento de simuladores na área portuária e aviação civil. \\\\\\\"Precisamos de alguém para cuidar das questões burocráticas e analisar as oportunidades de mercado, coisas que eu como cientista não sei fazer\\\\\\\", explica o doutor em engenharia civil Gerson Cunha, sócio-diretor da empresa.
A The Potatoes Aparreal, empresa prestadora de serviços na área de criação de vestuário e produtos tecnológicos, é outra empresa aprovada no programa que também enxerga no Prime uma boa oportunidade para aprofundar as pesquisas e deslanchar no mercado. A empresa é um spin-off do escritório de design OEstudio, e traz como proposta tornar a moda mais útil agregando tecnologias ao vestuário. \\\\\\\"Para nós, essa é uma grande oportunidade de estruturar melhor a empresa e entender melhor o nosso segmento de mercado que ainda é muito novo\\\\\\\", afirma a estilista e diretora da empresa, Anne Gaul.
Na cerimônia de assinatura do contrato, o diretor de inovação e tecnologia da Coppe, Segen Estefen, ressaltou a importância de incentivar empresas que estão entrando no mercado. \\\\\\\"O programa vai dar estrutura necessária para essas empresas caminharem com mais segurança, contribuindo para o desenvolvimento do nosso país. O nosso desejo é que essas empresas tenham o maior sucesso possível\\\\\\\".
Para o coordenador da Incubadora de Empresas da Coppe, Maurício Guedes, essa é uma ótima oportunidade de reforçar o propósito da UFRJ de apoiar empresas nascentes e o desenvolvimento de novas idéias. \\\\\\\"Esse é mais um gesto empreendedor da Coppe que mostra o compromisso da Universidade com o desenvolvimento do país\\\\\\\".
Confira a lista com todas as empresas aprovadas pelo Prime:
Oriundas da Coppe: Ambiente moderno consultoria ambiental e social ltda
Carbonopro consultoria ambiental ltda
Eco trends sistemas de sustentabilidade ltda
General semantics - informática e serviços ltda
Ifluxo serviços de consultoria em transporte e tráfego ltda
Innvent consultoria e participações ltda
Intensys sistemas e tecnologias de saúde ltda
Nano select recobrimentos, indústria e comércio ltda
Powersave soluções de tecnologia em ernergia ltda
Promec - projetos em mecânica e engenharia computacional ltda
Promove soluções em sistemas e software ltda
Recriar tecnologias e engenharia ltda
Virtualy – simset tecnologia de simulação de engenharia ltda
Synergon engenharia e soluções sustentáveis ltda

Oriundas de outras instituições: 3m&r produções artisticas ltda
Airconomics climatização ltda
Beegames desenvolvimento de software e jogos ltda
Bfx interatividade e virtual ltda
Confiance medical pesquisa e desenvolvimento ltda
Cursino e moura ltda
E-brane consultoria e assessoria na área de tecnologia da informação ltda
Ebts – empresa brasileira de treinamento e simulaçao ltda
Eco engenharia e energia ltda
Ecogest projetos e inovações sustentáveis ltda
Geopolitec produtos e serviços tecnológicos ltda
Inf-inova tecnologia da informação ltda
Integra inovação em sistemas de negócios s/a
Iw software solutions ltda
Montaform-montagem de formas ltda
Planeje-se tecnologia e gestão empresarial ltda
Pollux tecnologia e inovação consultoria e serviços ltda
Portal scramble de conteudo e entretenimento ltda
Powder coatings serviços ltda
Subsea integrity engenharia e projetos s.a
Talentar sistemas ltda
Teaz agenciamento marímo ltda
The potatoes apparel criação e comércio de vestuário tecnológicos ltda
Top idéias participações ltda

Fonte:



E

Banda Fresno fala sobre o projeto de minha vida

Muito legal ver seu filho nascer, melhor ainda é vê-lo crescer de forma sólida e constante.

Agradeço a Deus por isso e também por toda a minha equipe. Um salve especial para o Fabinho que tem tornado esse sonho de artistas falando de nosso portal real.

Bj no coração de todos.

Daniel


Veja o Vídeo aqui!

Aditivo :)

Poxa vida...

É engraçado que a medida que as nossas palavras vão tomando relevância na rede e consequentemente começam a ser procuradas, algumas pessoas do passado acham que podem chegar e falar alguma coisa de sua vida e que isso de alguma maneira irá afetar a sua "missão" que é escrever sobre TUDO o que aconteceu em sua vida, oras, se eu tivesse medo de algo, apagaria comentários e não tornaria minha vida pública na rede mundial de computadores... Portanto, inimigos, vocês também são muito bem vindos, aliás... Vocês são minha principal motivação para continuar, ainda é cedo pra chegar em vocês porque meus relatos ainda são de minha infância, as pessoas nessa época no máximo podiam não ir com a minha cara :)

Sem mais,

Daniel

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Episódio 2: O Le Cheval


Que bacana...


Costumo dizer que pertenci a última geração que realmente foi feliz, que teve infância... Que era levada ao som do Trem da Alegria, Balão Mágico e afins... “Sou feliz, por isso estou aqui... também quero viajar neste balão, super fantástico o Balão Mágico”





















Naquela época não tinha éguinha pocotó, Festa no Apê, Ado Ado cada um no seu quadrado, Baba Baby, Créu e afins, as musicas não tinham malícia, eram educativas.... Eu dizia que era o Mike... E adorava cantar a musica do Jairzinho “Xiribiribim bombom bombom, acordo de manhazinha, meu quarto cheio de som, girando na vitrolinha o meu sonho de bombom, Guitarra sombreiro sol e som, vamos a la plaia bombom bombom” 


Tenho adorado ler os comentários de vocês e muitas perguntas chegam e vou procurando responder aos poucos e a medida que vou me recordando. Por exemplo, falei que sou baiano mas só relatei minha vida já em São Paulo, digo portanto, que saí muito cedo da Bahia, pelo que sei com 1 ou 2 anos e nenhuma lembrança tenho disso, mas prometo que vou me informar sobre esses detalhes pra contar para vocês...


Em 1985 fui batizado na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, quem era pra me batizar não pode ir e o meu bispo Fusco acabou me batizando. Irmão Darcy Corrêa (que eu havia escolhido) não pode ir, pertencia a uma organização chamada Primária, que me ensinou muitas coisas boas que aplico até hoje na minha vida. Lembro-me que eu havia feito um trabalho para um Líder da Igreja (Bispo Fusco) e ganhei 1 dólar dele, e ele me disse que eu poderia fazer o que quisesse com aquele dinheiro e eu decidi que pagaria o dizimo da igreja.


No mesmo dia do meu batismo, estávamos voltando para casa (que era ao lado da igreja) e eu sai correndo pela calçada e minha mãe gritando pra eu espera-la, nem dei moral... Continuei correndo e cheguei com meu primo primeiro em casa. Entrei direto na cozinha e peguei um biscoito, meu primo foi para seu quarto e quando todos entraram em casa foi anunciado o assalto. Eu havia ganhado um carrinho de bombeiros e minha irmã uma boneca... Fomos todos surpreendidos e me recordo bem que com a arma em punho e eu e minha irmã chorando... Eles nos ameaçavam, tudo já estava preparado pra ser levado, inclusive um som CCE 3x1 novinho que minha mãe havia comprado, meu carrinho dos bombeiros e a boneca da minha irmã... Ela chorando muito pedindo pra não levarem sua boneca sensibilizou o ladrão que devolveu pra ela, pedi então meu carrinho dos bombeiros mas o lazarento mandou eu calar a boca. Foi tenso... Mas não nos machucaram.




Foto: Site Memory Chips
Eu lembro do lançamento do álbum Triller de Michael Jackson, foi um abalo em todo o mundo e meu primo, Dorival se vestia e até parecia muito com ele. Um pouco antes de ir morar na Vila Sônia e conhecer os meus primeiros amiguinhos, dois episódios interessantes esqueci de relatar anteriormente. O primeiro é com meu primo Dorival, estávamos voltando pra casa e passamos em uma casa onde tinha um filhote (mais ou menos de 6 ou 7 meses) de um Pastor Alemão chamado Nero, ele estava nessa casa e era muito manso, começamos a brincar com ele pelo portão e ele tinha uma verruga enorme no focinho, a dona viu que estávamos brincando com ele e disse: Pode levar esse vira-lata embora, risos... Vocês não imaginam minha cara de felicidade com apenas 7 anos de idade... Levamos o Nero pra casa e ele era minha vida... Um doce de cachorro, minha irmã tinha muito medo dele e certo dia passou e deixou o portão aberto... O Nero fugiu e infelizmente foi morto na avenida, primeira perda considerável de algo que eu realmente amava... Atrás daquela concessionária que falei anteriormente havia uma granja, e um dia eu voltando pra casa com minha mãe e irmã vi uma galinha daquelas branquinhas na rua, eu sabia que era da granja mas estava na rua então seria minha, eu corri feito doido atrás da galinha até conseguir pegar, e depois de vários tombos e muitos arranhões eu consegui pega-la... cheguei todo faceiro em casa e logo ouvi minha avó dizer que iria mata-la pra comermos, e eu fiquei indignado com aquilo, como matar minha galinha? Os fundos de nossa casa dava com os fundos da igreja, onde tinha um parquinho, eu adorava construir rios e pontes na areia... criava os caminhos e depois abria a torneira pra dar a impressão de rio. Eu tinha medo de deixar minha galinha sozinha em casa pois sabia que minha avó iria cozinha-la, mas um dia ela me convenceu a ir e jurou que não mataria minha galinha. Contrariado eu fui, e quando voltei deparei com a primeira grande mentira da minha vida. A minha galinha estava morta, nossa, fiquei muito, muito triste com a mentira da minha avó... Hoje talvez eu tenha a consciência de que talvez era a única saída pra termos algo que comer naquele dia.


Meu primo tinha um Ferrorama, mas nunca deixou eu brincar com ele, salvo ficar observando ele brincar, risos... Minha mãe começou a namorar um cara, chamado Francisco, eu não ia com a cara dele claro, mas um dia eu fiquei observando pela janela e vi aquele cara beijando minha mãe na boca, tomei um susto e não entendi nada do que estava acontecendo, coisa de gente grande pensei comigo, e lembro que limpei minha boca dizendo écaaaaaaaaaaaaaaa. Minha mãe jura de pés juntos até hoje que não estava agarrada com ele. Meu primo fazia uns churrasquinhos com seus amigos, festinhas no quintal, é claro, eu não podia participar, ficava lá chupando dedo... Ele vestia umas roupas estranhas, umas pulseiras com espinhos de metal, roupas pretas era diferente. Certo dia ele “tacou” fogo em pólvora e não deu muito certo, quase perdeu a visão e lembro que fui algumas vezes com ele no hospital, quase ficou cego.


Nessa época tinha uma promoção do Suco Tang, você trocava as embalagens do suco Tang Por picolé da Yopa! Nossa, eu adorava hehehe


Eu continuava indo a igreja, aprendendo as coisas de Deus, Jesus Cristo e das Familias eternas, mas eu não queria viver eternamente com minha irmã, ela era chata e vivíamos brigando, isso me deixava confuso.


Uma coisa que me deixava triste, era ver a maioria das crianças com seus pais, e no dia dos pais sempre fazíamos uma homenagem aos pais cantando musicas pra eles, tinha uma, que eu cantava, mas nunca havia presenciado uma cena daquela, ela era assim:


“Quando chega em casa o meu pai, eu fico tão feliz, bato palmas a pular e corro a lhe encontrar, abre os braços para mim, ergue-me do chão, Aproveito e dou-lhe o que? Um bom beijão” Hum, estranho cantar isso pra ninguém, aliás, para o bispo, sempre me diziam que o bispo era meu pai, mas eu pensava comigo, poxa, ele nunca chega em casa todos os dias e abre os braços pra mim, deve ter algo estranho aí. Minhas líderes nessa época era a Marnie e Tati (Fusco), aprendi muito com elas... Eram doces e me tratavam com carinho sempre. Eu adorava fazer discursos, e já naquela época não estava nem aí pra falar em público. Sempre ao primeiro domingo de cada mês tinha o que chamam na igreja de “Reunião de Testemunho” onde é aberto todo o tempo para os membros prestarem seus testemunhos, fui encorajado pelo meu bispo a fazer o testemunho e eu fui, quando cheguei no púlbito e ví aquela galera, gelei... Olhei pra um lado, pro outro e disse: Esqueci! e saí correndo dali. Bons tempos de inocência...


Adiantando no tempo, e voltando aos meus amiguinhos Luizinho, Paulo, Marcos, Daniel e Rodrigo.


Eu estava com muita muita preguiça de ir a escola, então.. minha casa tinha uma escada que dava acesso a rua, e embaixo dessa escada minha avó guardava o carrinho de feira e outras tranqueiras, o esperto aqui decidiu “cabular aula” embaixo da escada, veja se tem fundamento o cidadão deixar de ir pra escola pra ficar debaixo de uma escada, mas naquele dia tinha aula da professora Ana (japonesa) professora de português. Não me lembrava que era sexta feira e a minha avó iria fazer feira. Quando penso que não, vai minha avó pegar o carrinho de feira embaixo da escada e o tosco aqui brilhantemente estava se escondendo lá, e tome marca de cavalinho no Daniel.
Essa mulher (Ana) era a figura do capeta pra mim, ela estava ensinando verbos e simplesmente copiava tudo na lousa, não explicava e mandava agente pra frente pra conjugar os verbos, eu a odiava com todas as minhas forças. Certo dia ela me chamou de burro na frente de todo mundo e eu falei que burro era o filho dela, claro, não podia dar em coisa boa... O professor Nino, barbudo de voz grossa ditava as regras na escola, e fui direto pra sala dele, contei o acontecido e minha mãe foi chamada na escola, eu não tinha porque mentir e a bruxa da Ana foi advertida, aff, me chamar de burro na frente de todo munto, vai te catar minha filha.


Nessa época minha mãe e avó faziam bolsas de crochê pra vender e aumentar a renda, final de ano, amigo secreto na escola e eu tiro a MA RA VI LHO SA da professora Mõnica, Jesus, era linda demais aquela mulher...


.... Dia do amigo secreto.


Aquela palhaçadinha de dizer algo sobre a pessoa que você tirou... o que você comprou e etc... E ela perguntando sobre o presente.....


É de comer?



  • Não professora






  • É de ler?






  • Não professora...






  • Então dá uma dica!






  • Minha mãe disse professora que as mulheres usam pra rodar!



Gente do céu, inocente criança que repete o que ouve em casa, eu estava dando uma bolsa pra MA RA VI LHO SA da professora Mônica e insinuei que era pra ela rodar bolsinha, kkkkkkkkkkkkkk Mais uma suspensão, hahahahaha, mas nesse caso minha mãe não podia falar nada porque afinal de contas, ouvi isso em casa.


A Roberta, ai a Roberta..... A coisa mais linda desse mundo, era a menina mais linda que eu tinha visto na minha vida. Quando lembro do rosto dela, hoje em dia... Vem na minha mente a imagem da Letícia Spiller, era linda linda linda linda... E acho que foi minha primeira paixão, mas ela NUNCA iria olhar pra mim... Eu era feio, magro, joelinho grosso, canelinha fina, cabecinha grande, um verdadeiro Raimundo Nonato... Além de tudo, pobre... e naquela altura do campeonato um repetente... Mas eu sempre ficava observando a beleza dela, por onde será que anda você hein Roberta? Estaria você hoje gorda, feia e cheia de filhos? Ou ainda linda e doce como outrora?


Amigos, eu usava bamba monobloco lembram?  (Foto ao lado) É bamba né? Aquele japonesinho falando no comercial com as caixas de bamba caindo em sua cabeça... Que bizonho... (Veja um dos filmes aqui http://www.youtube.com/watch?v=W8Q2gDfdklM)


Meu sonho era ter um “Le Cheval” era a sensação da época. branco, cano alto, lindo lindo lindo! Os mais afortunados tinham ou Le Cheval ou M2000, e quem não tinha, usava bamba mesmo. Eu pedia muito muito muito pra minha mãe um Le Cheval mas era muito, muito caro pra ela na época. Em frente a nossa casa, aos domingos, tinha uma feira livre (Comuns na cidade de São Paulo), eu estava determinando a ter o meu “Le Cheval” Tive então a idéia de fazer carretos na feira (Carregar sacolas de feira). Peguei o carrinho da minha avó e fui perguntando uma a uma das tiazinhas quem queria ajuda pra carregar as sacolas, eu não tinha forças nem pra andar, quem “dirá” carregar sacolas. Mas eu fazia aquilo com tanta vontade que elas me davam o dinheiro as vezes apenas pela minha força de vontade. E assim fui ficando conhecido e já tinha minha clientela fixa, na própria feira tinha uma barraca que vendia o Le Cheval, eu eu namorava ele todo domingo, o dono da Barraca já sabia que um daqueles seria meu. Depois de uns 3 meses carregando sacolas e fazendo carretos consegui finalmente comprar meu Le Cheval, tentei achar fotos na internet dele mas não consegui, mas pra mim era lindo na época. No mesmo dia, subi na mureta de minha casa e a dona Eva (vizinha) odiava que eu fizesse isso, mas aquele era meu dia, sentei ali e comecei a bater meus pés na mureta com meu Le cheval, para que todos vissem que eu tinha um tênis novo.


Lição de hoje.... Se você quer algo, lute, vá atrás, ninguém é responsável pelos seus problemas, ninguém tem responsabilidade de conseguir as coisas por você, isso é entre você e você. Graças ao bom pai, aprendi isso cedo na minha vida. E você? Já comprou seu Le Cheval? Ou está esperando alguém lhe dar?


Altruísmo.... Não esqueci não... vamos falar mais sobre isso mais pra frente, não me esqueci.


Próximo Episódio: Jaspion

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Episodio 1- Espoleta, mas e daí?

Antes de mais nada, quero dizer a todos que não sou escritor e muito menos redator, então... Ao achar algum erro (E acredite, poderão ser muitos), peça a minha senha e altere você mesmo. Nada pessoal, risos

Como prometido na semana passada e com 2 semanas de atraso, começo hoje a relatar um pouco da minha vida, minha jornada, meus medos, conquistas sucessos e fracassos. Lembrando que, ao citar nomes de pessoas que não vale a pena dar crédito, o farei com o uso de siglas e as pessoas queridas claro, terei o maior prazer de dar os créditos, kkkkkk

Vamos lá... Filho de dona Elsa Carvalho Cruz, neto de Zuleide de Carvalho Cruz e irmão de Elaine Cristina nasci na cidade de Santo Amaro da Purificação – BA que embora muitos teimem dizer que é a terra de Caetano Veloso eu insisto em dizer que a terra é minha, mas que ele também nasceu por lá.

Não sei muito sobre minha infância antes dos meus 4 ou 5 anos, porém, dessa idade em diante algumas lembranças estão vivas em minha mente até hoje e são elas que vou compartilhar com vocês.

Minha mãe prestava serviços para uma família de americanos mormons e nós todos morávamos nos fundos dessa casa que pra mim mais parecia uma mansão. A casa ficava na região do Caxingui, bairro relativamente nobre da cidade de São Paulo. Recordo que dona Elsa era uma espécie de governanta então eu e minha irmã tínhamos pouco acesso a casa da frente mas as raras vezes que eu podia ir eu sempre ia direto no armário onde tinha umas gotinhas de chocolate usadas para fazer cookies e claro, sempre tomava bronca de minha mãe.

Uma das coisas que não entendi até hoje era porque minha avó sempre no almoço e jantar colocava um prato vazio a mesa dizendo que era de Jesus, poxa, podia pelomenos colocar uma comidinha qualquer pra Ele né?

Eu sempre travesso, procurava maneiras de me divertir que nem sempre minha mãe entendia, nesses casos, ela usava um delicado objeto de couro mais conhecido como cinto para acalmar meus ânimos, era engraçado porque essa família americana tinha laços fortes com a historia da igreja mormom e esse cinto era uma homenagem aos Pioneiros da igreja, logo, ele era todo desenhado com carruagens, cavalinhos , pessoas hehehehehe e eu ficava por vezes com esses cavalinhos desenhados em meu corpo hahahaha...

Eu estudava já numa escola chamada Antônio Bento e como toda a criança tinha minhas crises de choro ao ir para o colégio, mesmo sabendo que o Tio Amadeu (Perueiro) era bem legal e que as crianças que iam comigo eram meus amigos...... Este colégio começou a me moldar para algo que eu definitivamente nunca gostei que foi estudar, mesmo assim, aos 6 anos me formei na pré-escola e presenciei o primeiro “problema” efetivamente que minha mãe teria comigo. Devido a minha pouca idade as escolas não queriam me aceitar na primeira série e até hoje nem sei o que ela fez para que eu estudasse a primeira série com 6 anos mas o fato é que deu certo... Recordo, que no primeiro dia de aula, no horário do recreio, andando pelo terreno baldio da escola (Professor Adolfo Gordo) eu achei um ímã gigante, daqueles de auto-falante mas era muito grande e eu fiquei faceiro com aquilo. Um coleguinha quis pegar de mim e ele era daqueles que chamávamos na época de “repetentes”, Ricardo, nunca me esqueço o nome dele. Esse guri “grandão” quis roubar meu achado e eu não pensei duas vezes e ao tirar das mãos dele e sem muita coordenação acabei o machucando na cabeça com o objeto, foi minha primeira suspensão, a coisa era como contar em casa e minha mãe certamente não iria me chamar de lindinho... Bom, neste dia choveu muuuuuuuito e minha mãe foi nos buscar e morávamos relativamente próximo a escola, para quem conhece a região vai se localizar facilmente. Na avenida Professor Francisco Morato havia um terreno ENORME que chamavam de “Antena da Gazeta”, neste terreno tem hoje o Shopping Butantã e nós morávamos em frente a este terreno que na época a avenida estava sendo construída ainda. Bom, tínhamos que atravessar a avenida Francisco Morato bem em frente a uma concessionária (Morumbi Motor) e uma enxurrada muito forte estava descendo a avenida devido as chuvas, esperei a orientação de minha mãe para pular e pulei ao seu comando, na sequência minha irmã mas infelizmente ela não teve reflexo suficiente e foi carregada pela enxurrada. Depois de descer mais ou menos uns 300 metros enxurrada abaixo e aos gritos de minha mãe, meu e também de minha irmã, com a ajuda dos próprios vendedores da concessionária e esperteza da minha irmã que ficou sentadinha e quando chegou no bueiro ela segurou na base com as mãozinhas até ser retirada. Foi a primeira cena de pânico que tive em minha vida, com uma sensação de perda daquela que era até então (mesmo muito chata) minha irmã. Bom, tudo sempre tem um lado bom todas as coisas que acontecem em nossa vida e a coisa boa disso tudo pra mim foi que minha mãe amolecida pelo acontecido nem usou os “pioneiros” em mim, e assinou a suspensão da escola com apenas um xingão básico hehehehehe

Bom, ainda ficamos mais um ano nessa região e concluí a segunda série no Adolfo Gordo e mudamos de casa e escola, já no colégio Theodomiro Dias cursando a terceira série senti demais a diferença de metodologia de ensino de uma escola estadual (Adolfo Gordo) para a Municipal, e essa foi minha primeira bomba, sim, primeira porque tiveram outras e jamais falo isso como um orgulho, mas sim como uma forma de que as pessoas entendam que não é porque você foi um CDF que isso vai te credenciar para uma vida de sucesso.

Não é demais lembrar que as condições financeiras da minha familia eram quase que precárias mas os dois empregos da minha mãe e as crianças que a minha vó cuidava ajudavam no orçamento para o básico. Não havia luxo, porém, não havia fome e com o básico vivíamos. Também com a ajuda de algumas pessoas como Humberto e Glória Silveira que seguidamente recordo que estavam sempre nos levando mantimentos. A igreja seguidamente nos ajudava também e assim íamos levando a vida.

Meus primeiros amiguinhos de rua foram o Luizinho, o Daniel, Paulo e tinha também o Marco (Alemão), além do Rodrigo que era meio doidinho e tinha menos contato. Nós brincávamos muito de carrinho de rolemã, pega-pega, esconde-esconde, na realidade coisas não tão comuns hoje e que deram espaço para os video games, computadores, celulares e afins. Mas éramos felizes construindo nossas espadas com galhos de arvores, traves com latas de leite condensado, bola de capotão e afins... Em frente a minha casa existia uma pequena praça com pés de goiaba e sempre subíamos nele pra comer no pé e certo dia estávamos eu e o luizinho na arvore e ouvimos barulhos de sirene de policia e quando olhamos através das arvores tinham algumas 8 ou 10 viaturas da policia descendo a rua e achávamos que alguém havia telefonado pra policia nos denunciando por estarmos comendo goiabas das arvores, O Luizinho chorava hahahaha dizia que o pai dele iria mata-lo, kkkkkk (Lembrei do detalhe do rosto de desespero dele agora, kkkkkk) mas na realidade era só um desfile das novas viaturas compradas pelo governo do então governador Orestes Quercia.

E assim eu levava minha vida até então sem nenhuma responsabilidade que não fosse os estudos, e falando neles chegou a hora de aprender a ver horas em relógio de ponteiro e quem disse que eu conseguia entender como ver horas naquilo? Era uma deficiência minha, meu raciocínio não conseguia somar de 5 em cinco e antes disso contar a hora, demorei muito pra aprender e confesso que até hoje é um pouco complicado, ainda mais aqueles que nem números tem.

Sempre fui ensinado na igreja, que eu precisava ter metas e objetivos claros na vida, e falando sobre minha primeira meta estipulada na minha vida devo voltar ao trabalho da dona Elsa. Ela já não estava mais naquela familia e sim numa espécie de hotel (alojamento) que atendia os membros da igreja que vinham de longe para passar no templo da igreja em São Paulo. Eu sempre muito curioso ia até o trabalho dela e lá comecei a ter contato com gente de diversas partes do Brasil e do Mundo. Um deles em especial, vou chama-lo de “boiadeiro” porque ele era de Marilia e se vestia como um mas infelizmente minha memória não me permite que eu lembre do nome dele. Mas o importante saber sobre isso foi que em uma conversa com ele me foi perguntado quais eram as minhas metas. Eu com uma mentalidade totalmente voltada a igreja sem hesitar respondi: Meta numero 1 é que eu só vou namorar depois dos 16 anos (Um aconselhamento da igreja para os jovens) e a numero 2 é que serei um missionário. Vamos voltar a falar dessas duas metas lá pra frente, Nunca mais vi o “boiadeiro” mas de qualquer forma sou grato a ele pela forma que ele me encorajou a estabelecer essas duas metas que até hoje reflete em coisas boas em minha vida.

Aproveitando que eu falava com todo mundo e que era ratinho do centro da cidade de SP porque minha avó adorava a Rua Direita, Xavier de Toleto fosse pra comprar coisas mais em conta pra nós todos ou para as consultas dela no Martins Fontes (hospital) e também na Caixa Econômica no penhor de jóias, eu odiava pq era muita, muita fila. Eu sempre fiquei muito ligado a tudo, ruas, caminhos, itinerário dos ônibus, nomes das linhas, paradas e etc, fui exercitando minha memória a ser fotográfica. Certo dia um senhor chamado Joventino de Manaus queria ir ao centro da cidade comprar algumas coisas para seus filhos e não sabia como ir, eu ouvi a conversa e com apenas 8 anos de idade disse a ele que se ele quizesse eu o levaria para conhecer o centro de São Paulo. Ele meio cético deu risada e eu logo percebendo que ele não estava me dando muito crédito eu disse: É fácil, atravessamos a avenida e pegamos o Estação da Luz numero 6145 que vai nos deixar na Xavier de Toleto, alí já estamos no viaduto do Chá, Rua Direita e pra esquerda a Rua Boa Vista e 25 de março. Surpreso o homem me perguntou: Você está falando sério que você conhece isso tudo? Bom, eu já fui várias vezes com minha avó, e agora posso ir com vocês. Desconfiado o homem aceitou minha proposta, perguntou quanto eu iria cobrar e eu disse que passava por baixo da catraca, não iria pagar passagem e que se ele quizesse poderia me pagar um sorvete. Foi esta a primeira vez que fui ao centro como Guia Turístico e confesso que foi bem legal, embora ver ele comprando aquele monte de brinquedos tivesse me deixado um pouco chateado porque eu não podia comprar e muito menos minha mãe. Mas, cumpri meu papel de leva-los e deixa-los de volta ao alojamento e ganhei o sorvete e também um carrinho NOVINHO, quando levei a lavanderia (onde minha mãe trabalhava) ela logo me perguntou onde havia conseguido e contei pra ela e claro, ela ficou furiosa comigo por ter ido “sozinho” ao centro, mas não deu nada... Minha fama se espalhou por alí e eu todos os dias da semana tinha gente pra levar ao centro. E assim iniciei minha jornada procurando convencer quem estava ao meu redor de que realmente era capaz de fazer determinadas coisas que em principio pareciam se não impossíveis, pouco prováveis para alguém da minha idade.

Alguns meses depois, meu então bispo (Fusco) que pertencia a um segmento da igreja chamado SEI (Sistema Educacional da Igreja) me convidou para ir viajar com ele para uma cidade do interior de SP, pensando bem hoje, acho que minha mãe deve ter dito a ele que eu não era normal, risos... Porque foi uma viagem meio que, como posso dizer... Investigativa sabem? Do tipo... deixa eu entender esse menino. Em um posto de serviços paramos pra comer algo e passamos em frente a uma prateleira cheia de chocolates e ele pediu para que eu escolhesse um, e eu fiquei muito indeciso porque as opções eram muitas e ele talvez com pressa pediu para que eu escolhesse logo e o porque da demora e então expliquei que estava procurando um maior para que eu pudesse levar um pedaço para minha mãe, avó e irmã. Ele já estava com alguns nas mãos e disse: "Daniel, eu já peguei o chocolate delas, escolha um pra você agora".

Altruísmo.... essa é a lei! E vamos falar muito sobre isso mais pra frente.

Obrigado.....