quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Sites para mulheres tornam-se grande oportunidade de negócios

Fenômeno se consolida nos Estados Unidos e começa a acontecer no Brasil. Neste mês, o portal Bolsa de Mulher comprou seu maior concorrente, o site Feminice
Por Karla Spotorno
Compra do iVillage virou caso de sucesso:
NBC pagou US$ 657 milhões pelo portal em 2006 Foto: ReproduçãoEmpresas de venture capital e anunciantes de vários setores – de cosméticos a carros – despertaram para um grande filão no mundo da internet: as mulheres. Nos Estados Unidos, portais para o público feminino – de blogs para jovens mamães até sites de maquiagem e moda – cresceram 35% no ano passado. Foi o maior aumento em todas as categorias online, perdendo apenas para a política, tema muito procurado em ano pré-eleitoral. O número de mulheres que navegam todo mês por páginas feitas exclusivamente para elas ultrapassa os 84 milhões – o equivalente à população total de um país como a Alemanha.

Nesses mercado, os números andam na faixa das dezenas de milhões de dólares. Um dos primeiros e grandes negócios desse setor foi a aquisição do portal feminino iVillage por US$ 657 milhões pelo grupo NBC em 2006. Há menos de 15 dias, a gigante das telecomunicações Comcast pagou US$ 125 milhões para comprar um site de e-commerce e entretenimento chamado DailyCandy. No mês passado, duas empresas americanas de venture capital a Peacock Equity e a Venrock, investiram US$ 5 milhões no BlogHer, uma rede de 2.200 blogs feitos para e por mulheres. Grandes portais, como Yahoo, também embarcaram nessa onda. Em março, a empresa presidida por Jerry Yang criou o Shine, um site com artigos de tradicionais editores de revistas femininas, posts (textos publicados em blogs pessoais) de leitoras e conteúdo exclusivo.
“Eu amo as mulheres”, afirmou Tim Draper, co-fundador da maior empresa de venture capital do Vale do Silício, a Draper Fischer Jurvetson, em entrevista ao jornal The New York Times. Draper explicou por quê: “As mulheres são mais da metade da população e são as maiores responsáveis por todas as compras e também pelas decisões de compra”. Companhias como a de Draper analisam constantemente quais sites focados no público feminino – produzidos por amadores ou profissionais – podem se tornar boas oportunidades de negócio. Entre os portais que ganharam investimento da firma americana está o Glam Media, uma rede de sites de 650 mulheres que recebeu US$ 114 milhões de investimento.

E o Brasil? No Brasil, uma operação de valor não divulgado dobrou o tamanho de um dos maiores portais dirigidos ao antigo “sexo frágil”.

Bolsa de Mulher acaba de dobrar a audiênciacom a compra de seu concorrente, o portal Feminice.

O Bolsa de Mulher comprou seu maior concorrente, o Feminice, e também o Estrela Guia (astrologia), o Bem Leve (dieta e bem-estar) e outros dois sites fortes em comércio eletrônico. “Com a aquisição, dobramos a audiência de 3 milhões para 6 milhões de usuárias únicas [leitoras que visitam o portal] e, com isso, superamos a meta de visitantes estabelecida para dezembro”, afirma Marcelo Almeida, diretor da IdeiasVentures, unidade da Ideiasnet, companhia de participações em negócios de tecnologia e internet que administra o Bolsa de Mulher e outros empreendimentos do grupo com faturamento inferior a R$ 10 milhões.

Além de aumentar a audiência, a aquisição aumenta os negócios do Bolsa em e-commerce, hoje restritos a iniciativas como a Universidade Feminina. “A oferta comercial focada na consumidora ainda é muito pequena na internet brasileira”, afirma Andiara Petterle, CEO do Bolsa de Mulher. No ano passado, o mercado de consumidoras online movimentou US$ 18 bilhões nos Estados Unidos. “Como esse nicho é novo no Brasil, o potencial de crescimento é muito grande.”

Internacionalização

Além da aposta no e-commerce, o Bolsa de Mulher planeja crescer chegando em outros países. A ambição é ser a maior rede de mulheres da América Latina. O primeiro passo será dado em outubro, quando o portal estréia na Argentina, país que soma 8 milhões de usuárias. Logo depois, o plano é chegar no Chile, que tem 9 milhões de mulheres conectadas à web, e depois México, onde há 11,5 milhões.

A tendência de crescimento dos sites femininos no Brasil irá se fortalecer junto com o ingresso de receita publicitária na internet. “Os números já sinalizam o maior interesse do anunciante pela web”, diz Almeida. No ano passado, 3% da verba publicitária foi aplicada em internet. Neste ano, a previsão é que o percentual chegue a 8%. Nos Estados Unidos, diz o executivo da IdeiasVentures, o percentual foi 20% no ano passado e deve chegar a 25% neste ano. “Grandes anunciantes encorajam outros grandes anunciantes a aplicar sua verba em web”, diz. E um fenômeno que não era visto há alguns anos é o empresas de produtos tradicionalmente comprados por homens começando a anunciar em sites para mulheres. Mudança de paradigma? É a consumidora do futuro, que escolhe do modelo de carro a papinha de nenê.

Pois é... Bem vindo ao Mundo da Internet! Esperando a nossa hora de crescer.... GO AHEAD SCRAMBLE!!!

Abraços,

Daniel Cruz

Cientistas estão mais perto de 'capa da invisibilidade'

Cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, anunciaram que estão mais perto de criar um material que pode tornar objetos tridimensionais "invisíveis".Os pesquisadores desenvolveram dois materiais que podem reverter a direção da luz em torno dos objetos, fazendo com que eles "desapareçam".Os chamados meta-materiais não existem normalmente na natureza e foram criados em uma escala nano, medidos em bilionésimos de metro. Eles são estruturas criadas artificialmente, com propriedades óticas que fazem a luz "se dobrar" de forma não natural.

Como a luz não é absorvida nem refletida pelo objeto, é possível vê-la por trás dele, iluminando o que normalmente estaria escondido por ele - tornando o objeto invisível.Os pesquisadores explicam que o material funciona como "água passando em em torno de pedras". RefraçãoOs meta-materiais têm propriedades de "refração negativa" - nos materiais naturais, o índice de refração é sempre positivo. Refração é a passagem da luz por um objeto ou meio, na qual a velocidade da luz é alterada. Um bom exemplo é a passagem da luz através da água.

A refração da luz na água faz com que as distâncias e tamanhos pareçam alterados.Um dos meta-materiais é feito de metais e tem a estrutura semelhante a uma rede de pesca colocadas em várias camadas. Ele se torna transparente numa ampla gama de comprimentos de onda luminosa e reverte a direção da luz. O outro usa minúsculos fios de prata dentro de óxido de alumínio poroso, colocados a uma distância mínima um do outro.Por enquanto, os cientistas acreditam que a descoberta poderá ser usada em lentes microscópicas, mas eles afirmam que os princípios dos materiais poderiam ser aplicados em maior escala para criar "capas de invisibilidade" grandes o suficiente para esconder pessoas.

As pesquisas lideradas pelo cientista Xiang Zhang serão publicadas nesta semana nas revistas especializadas Nature e Science.O estudo foi financiado pelo governo americano e poderá, um dia, ser usado em operações militares, fazendo, por exemplo, com que tanques desapareçam frente ao inimigo.

"Não vejo a hora disso chegar aqui no Brasil"
Abraços,
Daniel Cruz